Domingo, 16 de Setembro de 2007

Jack Kerouac - On The Road

Nota de introdução, dois pontos

Este espaço existe com a finalidade de prestar algumas informações que consideramos úteis á boa vivência e convivência entre e para os Motociclista. Nesse sentido possuimos já várias rúbricas que ajudam a conhecer alguns dos itens culturais mais próximos do mundo das duas rodas, estoua falar das tags (vêr barra laranja) "OUVIR", "VÊR", "POESIA" ou "GALERIA DE ARTE". Neste contexto, e porque um numero, que consideramos ser, largo de companheiros nos tem solicitado mais informação sobre livros relacionados com as Motos, decidimos iniciar aqui esta nova rúbrica: "LÊR".

Esperamos assim prestar um bom serviço a todos, dando a conhecer, ou relembrando grandes nomes da literatura ou do mundo da técnica, que deram algum do seu tempo escrevendo sobre aquilo que nos une a todos, os Motociclos!

jack kerouac quote

Alfredo Nobre  DG

Quando falo sobre livros, para além de ser sempre um parzer enorme, remete-me a emoções culturais, ao tempo e ao espaço onde o autor se inspirou para escrever a sua obra...Os livros são eternos, porém datados social e politicamente. Quando um escritor tem inspiração para escrever o seu livro, está limitado no espaço e no tempo e por isso não pode deixar de catalogar a sua obra, questões sociais, comportamentais ou filosóficas. Um dos maiores respeitos que tenho na vida é pelo trabalho de quem se entrega de corpo e alma ao acto de escrever. Os escritores, são assim quase deuses ou mensageiros e por isso devem ser reverênciados.

A nossa escolha para hoje é o escritor norte -americano, Jack Kerouac, um dos maiores e mais sensiveis escritores do seu tempo. Tentarei também falar de Revolução.

Revolução!! Revolução cultural, um movimento cultural que ficou conhecido como Geração Beat, a base para a criação do movimento Hippie.

Jack Kerouac

 

 Jack Kerouac

escritor norte-americano.

(12 de Março de 1922, Lowell - Massachusetts - 21 de Outubro de 1969, St. Petersburg - Flórida), foi um

Infância e juventude

Kerouac, de origem franco-canadiana, teve uma infância séria, onde era muito dedicado à mãe. Freqüentou um colégio jesuíta e ajudou o pai numa fábrica de impressão. Um de seus traumas mais trágicos, que voltaria relatado em seus romances, foi a morte de seu irmão Gerard quando ele tinha apenas nove anos.

Devido às dificuldades econômicas por que passava a família, Jack resolveu fazer parte do time de futebol americano do colégio para tentar uma bolsa de estudo na faculdade. Conseguiu entrar na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, para onde se mudou com a família.

Antes de pegar o diploma, abandonou os estudos após uma briga com o treinador e resolveu alistar-se na Marinha.

 

Não se ajustando à marinha de guerra, acabou na marinha mercante...

Não se ajustando à marinha de guerra, acabou na marinha mercante, onde ficou algum tempo. Quando não estava viajando, Jack andava por Nova Iorque acompanhado de seus amigos "delinqüentes" da Universidade de Columbia, entre eles Allen Ginsberg e William Burroughs, chamado de Bill pelos camaradas, além de seu maior companheiro de viagens, Neal Cassady, o “Cowboy”. Foi a época em que Jack conheceu os grandes amigos que formariam, alguns anos mais tarde, o pelotão de frente da geração beat, para desgosto da mãe.

Neal Cassady, o “Cowboy” com Jack Kerouac

As grandes viagens e escritos

 

A relação do escritor com Neal foi determinante para despertar em Jack sua vontade reprimida de botar o pé na estrada e desfrutar de uma liberdade ainda não experimentada. Os dois viajaram por sete anos percorrendo a rota 66, que cruza os EUA na direção leste-oeste, com descidas freqüentes ao México. Saíram de Nova York e cruzaram o país em direção a São Francisco.

Imagem:Kerouac Map.jpg

Viagens de Kerouac pela América

Dessa jornada saiu o livro “On the Road”, cujo protagonista é Dean Moriarty, o nome criado por Jack para representar o amigo Neal.Kerouac começou a escrever um romance, falando sobre os tormentos que sofria para equilibrar a vida selvagem da cidade com os seus valores do velho mundo. Foi o seu primeiro romance publicado, porém não chegou a lhe trazer fama. Passaria muito tempo para que ele publicasse novamente. Na tentativa de escrever sobre as surpreendentes viagens que vinha fazendo com o amigo de Columbia, Neal Cassady,

Apontamentos de viagem

Kerouac experimentou formas mais livres e espontâneas de escrever, contando as suas viagens exatamente como elas tinham acontecido, sem parar para pensar ou formular frases. O manuscrito resultante sofreria 7 anos de rejeição até ser publicado. Jack escrevia vários romances, que ia guardando em sua mochila, enquanto vagava de um lado a outro do país.

 Algumas das obras de Kerouac

O método de escrever inovador

 

Jack Kerouac escreveu sua obra-prima “On The Road”, livro que seria consagrado mais tarde como a “bíblia hippie”, em apenas três semanas. O fôlego narrativo alucinante do escritor impressionou bastante seus editores. Jack usava uma máquina de escrever e uma série de grandes folhas de papel manteiga, que cortou para servirem na máquina e juntou com fita para não ter de trocar de folha a todo momento. Redigia de forma ininterrupta, invariavelmente sem a preocupação de cadenciar o fluxo de palavras com parágrafos.

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A máquina...

O método...

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O Resultado!!

 

O material bruto que chegou às mãos de Malcom Cowley, da editora Viking Press, em 1957, deu trabalho. Os rolos quilométricos de texto tiveram de ser revisados, foram inseridos pontos e vírgulas e praticamente 120 páginas do original foram eliminadas. O estilo-avalanche de Jack tinha ainda um elemento intensificador. Ao contrário às idéias correntes, que trabalhou em cima do livro sob o efeito de benzedrina, uma droga estimulante, Kerouac, em admissão própria, abasteceu seu trabalho com nada mais que café.

Drogas

 

O uso de drogas era comum entre Jack Kerouac e seus amigos. Sobre o assunto, o amigo Allen Ginsberg comentou que “Começamos a experimentar benzedrina e anestésicos. Eu pensava que não poderia escrever porque minha mente ficava confusa, mas Jack sentia que podia escrever romances usando isso. E acho que alguns dos seus romances do início dos anos 50 foram escritos sob efeito desses e outros tóxicos. Jack praticamente se sentava e datilografava por várias semanas, fazia correções, escrevia continuamente 5, 6 ou 7 horas por dia, às vezes até o dia inteiro”.

 

Benzedrina

“Jack sempre foi muito tímido, ainda que parecesse durão, era doce, sensível, passional. Neal era mais espontâneo, machão sem fazer esforço, mas também se interessava muito pelas palavras. Ele esperava Jack ensiná-lo a ser do seu jeito. Eles eram opostos e muita gente pensava que se pareciam. Neal era rude, Jack era mais introvertido e gostaria de ter a mesma iniciativa com as mulheres. Ele gostava de ver Neal fazer isso”, diz a novelista e mulher de Neal, Carolyn Cassady.

Sucesso e crítica

O sucesso e o prestígio conquistados após a publicação de “On the Road”, em 1957, deixaram Jack atormentado. Apesar de eventuais críticas positivas que realçavam o caráter inovador da obra, muitos o tacharam de subliterato e imoral. A primeira resenha escrita por Gilbert Millstein no jornal The New York Times foi satisfatória. Ele recorda no documentário “O Rei dos Beats” qual foi sua sensação ao ler o livro. “Eu li o livro e fiquei simplesmente estupefato. Eu disse ali que acreditava naquilo como a expressão perfeita de uma geração, assim como Hemingway em ‘The Sun Also Rises’ também foi uma expressão da sua geração naquela época”.

O efeito imediato da fama causou apreensão e relutância em Jack. Joyce Johnson, a jovem namorada com quem o escritor morava na época, relembra a reação dele diante da celebração instantânea. “Ele estava agitado e com medo. Ele também sentia que teria de viver para sua imagem pública, pois todos esperariam que ele fosse como Dean Moriarty ou Neal Cassady, mas ele era só Jack Kerouac. Era bastante tímido, preferia ficar num canto olhando, refletindo.”

Logo após a publicação, Jack trabalhou intensamente em outros projetos. “The Dharma Bums”, lançado em 1958, foi a tentativa do escritor de estabelecer afinidades com o budismo. É o relato de uma escalada com o amigo poeta Gary Snyder em busca de realizações espirituais.

Isolamento

Nesta mesma época, Jack resolveu se isolar do convívio humano. Subiu até o alto de uma colina e passou longos dias sozinho confinado em uma cabana sem eletricidade e sem vidros nas janelas. Tomava quase uma garrafa de bebida por dia e sofreu com alucinações e paranóias. A experiência foi registrada no livro “Big Sur”, de 1962.

O problema do alcoolismo piorou com o tempo. Derrotado e solitário, vai morar com a sua mãe em Long Island. Seus últimos trabalhos exibiam uma alma desconectada de um ser humano perdido em ilusões. Apesar do estereótipo de beatnik, Kerouac era um conservador, especialmente sob a influência de sua mãe católica. O vigor deu lugar ao cansaço, e o escritor resignou-se a uma vida ordinária.

Frequentemente apaixonado, ele chegou a casar duas vezes ao longo da vida, mas ambos os matrimônios acabaram em poucos meses. Na metade dos anos 60, Jack casa novamente, agora com uma velha conhecida de infância. Ele, a esposa e a mãe mudam para St. Petersburg, na Flórida

Em 21 de outubro de 1969, Jack Kerouac morreu de hemorragia, destruído pela bebida, quando tinha apenas 47 anos, no hospital em St. Petesburg, na Flórida. O amigo e agente literário Allen Ginsberg reverencia seu talento: “Eu não conheço outro escritor que teve influência tão produtiva quanto Kerouac, que abriu o coração como escritor para contar o máximo dos segredos da sua própria mente”.

On the Road

(Pé na estrada em português) 

É considerado a obra prima de Jack Kerouac, um dos principais expoentes da Geração Beat estadunidense e considerado a bíblia dos jovens dos anos 60, que colocavam a mochila nas costas e botavam o pé na estrada. Foi lançado nos Estados Unidos da América, pela primeira, vez em 1957.

A obra prima de Kerouac

Responsável por uma das maiores revoluções do século XX, On the Road escancarou ao mundo o lado sombrio do sonho americano, a partir da viagem de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriaty – que atravessaram os Estados Unidos de costa a costa. Acredita-se que Sal Paradise, o personagem principal, seja o próprio Jack Kerouac. Também são encontrados no livro alguns escritores na forma de personagens, como Allen Ginsberg, como Carlo Marx, e William Burroughs, como Old Bull Lee.

É um livro que influenciou a música, do rock ao pop, os hippies e, mais tarde, até o movimento punk.

O diretor brasileiro Walter Salles, de Central do Brasil e Diários de motocicleta, está envolvido na produção da versão para o cinema de On the Road.

 

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Textos extraidos e adaptados de: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Links sobre Jack Kerouac e "On the Road":

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u326064.shtml

http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/cadernog/conteudo.phtml?id=690498

http://inema.com.br/mat/idmat090175.htm

http://www.npr.org/programs/morning/features/patc/ontheroad/

http://www.screamyell.com.br/literatura/ontheroad.html

http://www.bacana.mus.br/edicao_mat.asp?mat=493&e=37

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publicado por Cavalo Alado às 20:29
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